Corrida e Musculação: Conheça as Razões para Unir as Duas Práticas

A corrida de rua tem conquistado cada vez mais adeptos. Em Portugal, entre 2009 e 2014, o número de praticantes cresceu 40%. O motivo? É uma atividade acessível, prática e eficiente para quem quer mexer o corpo sem depender do ambiente fechado do ginásio.

Mas se o objetivo vai além de simplesmente correr — se há ambição de melhorar performance e evitar lesões — então é hora de levar a musculação a sério. Unir corrida e treino de força não é moda: é estratégia inteligente.

A musculação melhora a economia de corrida — ou seja, o corpo gasta menos energia para percorrer a mesma distância. Além disso, fortalece músculos, protege articulações, previne lesões e ainda acelera o metabolismo. Mais força, mais resistência, mais resultado.

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Duas a três sessões semanais de musculação já são suficientes para reforçar a estrutura muscular contra os impactos da corrida. O foco deve estar nos músculos das coxas (anteriores e posteriores), glúteos, panturrilhas, lombares, costas e abdominais. Esses são os pilares do corredor.

A intensidade dos treinos deve ser ajustada aos objetivos, tipo de prova e idade do atleta. Em linhas gerais, o ciclo de treino pode ser dividido em três fases:

  • Preparatória: mais volume, menos intensidade. É a base da construção.

  • Competitiva: menos volume, mais intensidade. Aqui se lapida a performance.

  • Transição: redução tanto de volume quanto de intensidade — ou até substituição por atividades complementares, como funcional ou Pilates, que ajudam na postura, flexibilidade e na mecânica da corrida.

Essas atividades adicionais também podem ser incluídas nas outras fases, desde que haja equilíbrio. Treinar demais é tão perigoso quanto treinar de menos.

Em resumo: se queres correr melhor, mais longe e por mais tempo, a musculação não é opcional — é essencial. É o alicerce que sustenta a leveza da passada.