Muitas pessoas consideram que os mais bem classificados em qualquer competição de corrida são sempre os mais fortes, os de melhor compleição física, e os que seguem métodos de treino adequados. Em suma, aqueles que estão na modalidade com o objetivo de obter os lugares cimeiros, tão propícios ao prestígio profissional e social.
A Importância dos Pormenores Táticos
Esta crença, comum em vários setores da nossa sociedade, muitas vezes proveniente de elementos ligados ao desporto, contém uma boa dose de verdade. No entanto, esquece um fator crucial no bom desempenho de qualquer competidor: os pormenores táticos escolhidos pelo atleta. Estes são complementos indispensáveis ao esforço necessário para completar o percurso.
Medidas Táticas e o Resultado Final
As medidas táticas têm uma forte incidência no resultado final. Muitas vezes, a diferença entre os competidores é de uma simples fração de segundo na linha de chegada. Para o corredor, é uma mistura de satisfação pelo esforço e alegria pela vitória pessoal, representando o momento adequado para esgotar a energia armazenada.
Escolher um Bom Ritmo
Qualquer plano tático deve considerar a necessidade de impor um ritmo adequado, que varia conforme a condição física do atleta, o nível dos adversários, as condições atmosféricas e os traçados dos percursos. O objetivo pode ser melhorar a marca pessoal ou alcançar uma posição classificativa mais destacada.
Importância do Ritmo Constante
Para obter a melhor marca cronométrica, o corredor deve manter um andamento constante e regular durante toda a competição. O técnico russo N.G. Ozolin, no seu livro “Developing Stamina in Athletes”, afirmou que um ritmo regular facilita a obtenção de uma boa marca, pois evita descoordenação dos órgãos e sistemas.
Outras Pequenas Ajudas
Existem pequenos recursos que podem contribuir para alcançar objetivos desportivos. Estes recursos, inseridos na prática desportiva, devem fazer parte dos conhecimentos técnicos de qualquer corredor.
Correr Com Proteção
As condições climáticas têm uma forte incidência nas corridas. Em transmissões televisivas de grandes “meetings” internacionais, é comum ver os campeões “colados às lebres” para se protegerem mutuamente do vento, que dificulta a progressão.
Não Comandar a Prova
Estar à frente dos concorrentes só é recomendável se o atleta tiver uma capacidade física superior à deles. Caso contrário, é melhor “travar” um pouco o andamento para evitar um final penoso.
Não Atacar nas Viragens
Qualquer ataque à posição cimeira deve ocorrer em terreno aberto, numa reta, para evitar confusões e atropelos. Atacar numa curva obriga a percorrer mais metros, o que pode ser evitado atacando antes ou depois da curva.
Correr Sempre em Diagonal
Para evitar correr mais metros do que o necessário, o atleta deve utilizar uma linha imaginária entre a saída de uma curva e a chegada à curva seguinte.
Os Braços no Final da Prova
Nos últimos metros de uma corrida, é comum ver ultrapassagens vigorosas para melhorar a classificação. Os corredores utilizam pequenos detalhes para conseguir melhores resultados.
A Manter a Calma
A participação numa prova desportiva altera o sistema nervoso do atleta. É importante aparentar descontração, mesmo que os nervos estejam à flor da pele, para não dar vantagem aos adversários.
Conclusão
Espero que estas “pequenos nadas” sejam úteis para aqueles que se interessam pela prática da Corrida. Estes conselhos podem ser vantajosos em futuras oportunidades competitivas.
