
O overtraining ocorre quando o corpo é submetido a uma carga excessiva de exercícios, ultrapassando sua capacidade de recuperação. Este problema é mais comum entre atletas que tentam melhorar o desempenho em treinos ou competições, exagerando no volume ou intensidade da atividade física, sem o descanso adequado e, muitas vezes, com uma alimentação inadequada. As consequências podem ser musculares, articulares e também atingir o sistema imunológico e psicológico.
A síndrome do overtraining está associada a estratégias de treino que seguem a chamada “teoria da supercompensação”. De acordo com esse conceito, o corpo recupera as reservas energéticas gastas durante os treinos apenas durante o período de repouso. Sem o descanso apropriado, o organismo não consegue se recuperar plenamente, resultando em diversos problemas ao longo do tempo.
Principais sintomas e efeitos negativos
Especialistas apontam que o overtraining é mais frequente em atletas de longa duração, sobretudo os que percorrem grandes distâncias. Os efeitos incluem insônia, lesões musculares e articulares (agudas e crônicas), desequilíbrio hormonal, irritabilidade, queda no desempenho físico e alterações na pressão arterial.
Os primeiros sinais de alerta podem ser fadiga constante, dores de cabeça frequentes, perda de peso, desinteresse sexual, falta de apetite e dificuldade de concentração, que pode prejudicar atividades intelectuais. Além disso, há relatos de dificuldade em relaxar, problemas para dormir, agravamento de alergias e resfriados, e infecções respiratórias persistentes.
Estratégias para prevenir o overtraining
A melhor forma de evitar o overtraining é seguir orientações profissionais e respeitar os limites do corpo. Adotar a mentalidade de que “mais é melhor” pode ser prejudicial. O equilíbrio entre treino e descanso é fundamental, assim como manter uma alimentação completa e adequada.
Além disso, a prática de atividades complementares pode ser uma estratégia eficaz. Exercícios que trabalham músculos diferentes ajudam a melhorar a qualidade de vida e acelerar a recuperação, contribuindo indiretamente para um melhor desempenho na atividade principal.
Tratamento e recuperação
O tratamento para o overtraining baseia-se principalmente no descanso. Reduzir a carga de treinos ou até fazer uma pausa completa pode ser necessário para permitir que o corpo recupere os níveis de energia ideais. Treinos leves e curtos, seguidos por um aumento gradual na intensidade, devem ser acompanhados por monitorização médica, incluindo exames regulares de sangue.
Adotar uma abordagem sensata é essencial: dar tempo ao corpo para recuperar é a chave para evitar complicações mais graves e garantir que o atleta possa voltar aos treinos e competições com segurança.