DOR DE BURRO: PORQUE É QUE A SENTIMOS E COMO EVITÁ-LA?

No pain, no gain, dizem os slogans. Nós discordamos. Há sempre alguma coisa que pode fazer para diminuir o desconforto e ainda melhorar a sua forma física. Vamos começar com a tão conhecida dor de burro: porque é que a sentimos e como evitá-la.

Há dias em que estamos tão determinados a fazer exercício físico que nem o cansaço nem as cãibras nos impedem de o fazer. Em dias muito motivados, até mesmo a pior inércia, é vencida e não faltamos ao treino. Mas quando somos atingidos pela dor de burro – aquela dor aguda e desagradável que nos apunhala abaixo das costelas – isso é capaz de nos fazer parar.

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Mas o que é exactamente a dor de burro? O porquê de acontecer ainda está por provar, mas existem muitas teorias.

Já que se está a perguntar, o termo científico para a dor de burro é “dor abdominal transitória relacionada com o exercício”.

Entre as causas sugeridas para esta dor incluem-se:

  • A falta de suprimento de sangue para o diafragma
  • Respiração rasa
  • Perturbação gastrointestinal
  • Tensão nos ligamentos ao redor do estômago e do fígado

Uma das teorias mais convincentes é que a irritação do peritoneu parietal – o revestimento em torno da zona abdominal – é o que causa a dor de burro. Os músculos do tronco cansam-se quando se está a trabalhar intensamente, fazendo com que os músculos das costas se sobrecompensem e se envolvam mais intensamente. Isto empurra para os nervos do seu abdómen, lado ou ombros, criando aquela dor aguda.

Como evitar a dor de burro?

Esta dor, felizmente, é temporária. Ela é forte mas inofensiva. E há coisas que se podem fazer para evitá-la:

1. Evite comer

Evite comer nas duas horas que antecedem uma corrida ou um treino intenso. Beber muito antes de uma corrida também tem sido associado a esta dor, particularmente os sumos de fruta. Um pequeno “boost” mesmo antes dos exercícios, como uma banana, está bem.

2. Respire profunda e ritmicamente.

A intensidade do treino aumenta a necessidade de oxigénio do seu corpo, mas essas respirações curtas e rasas não são a forma mais eficaz de obter mais oxigénio. Se está com dor de burro, uma respiração mais profunda e rítmica pode ajudar a aliviar a dor. Experimente isto: inspire por dois passos, expire por um.

3. Faça um aquecimento adequado.

Outra razão pela qual a nossa respiração é superficial é em resposta a climas mais frios. Se estiver a fazer exercício físico num ambiente frio, essas respirações rápidas e irregulares no início do treino podem fazer com que o seu diafragma fique numa posição alta. Isto significa que o seu peritoneu parietal não consegue relaxar – e você também não.

4. Abrande.

Quando a dor chegar, o sprint não vai ajudar. A melhor coisa a fazer é reduzir o ritmo até o desconforto passar.

5. Massage a área da dor.

Muitas vezes pressionamos a área da dor com a mão, esticamo-la e respiramos profundamente – exalando através da boca. Isto não é mau – esfregar e massajar o ponto da dor pode realmente ajudar a aliviar os músculos das costas que estão a pressionar o nervo causador da dor.

Tenha estas dicas em conta e afaste de vez essa dor de burro irritante.

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