
ma equipa de investigação norte-americana, da Universidade de Michigan, descobriu uma classe de proteína natural, chamada Sestrina, que pode mudar o jogo: imita os efeitos do exercício físico no corpo.
As conclusões podem ajudar os cientistas a descobrir novas técnicas para combater o declínio muscular próprio do envelhecimento. O estudo, publicado na “Nature”, revela resultados observados em ratos e moscas. O grupo de médicos construiu uma espécie de escada rolante, onde treinaram as cobaias durante três semanas.
Para poderem comparar os níveis de resistência e as habilidades dos insetos, injetaram-lhes Sestrina nos músculos de um grupo e acompanharam ainda outro grupo de moscas sem a proteína. Os testes mostraram que as moscas sem Sestrina não obtiveram tinham progredido sem exercício, enquanto os insetos cuja proteína lhe foi injetada mostraram habilidades acima da média mesmo sem atividade física.
No caso dos roedores, a proteína coordenou a capacidade aeróbica, a respiração e a queima de gordura, normalmente associadas ao exercício, ativando diferentes vias metabólicas. Ou seja, os investigadores verificaram que os animais beneficiaram dos efeitos do exercício físico, mesmo não a tendo realizado.
Os suplementos desta proteína não vão ser comercializados tão cedo. “As sestrinas não são pequenas moléculas, mas ainda estamos a trabalhar no sentido de encontrar esses moduladores”, de acordo com Jun Hee Lee, líder do estudo, citado pelo “Mashable”. E é também importante perceber como é que o exercício físico produz a proteína no organismo — algo que ainda não foi identificado pelos cientistas. contudo, a equipa acredita que a Sestrina poderá ajudar pessoas que não podem praticar exercício de forma a mantê-las saudáveis.