Esqueça os desafios e os longos minutos em posição. Há uma solução menos penosa e muito mais eficaz – e que não provoca lesões.

O calor chegou, já está a pensar no corpo que vai levar para a praia e isso significa que vai ter que trabalhar no duro no ginásio para ficar em forma. E no meio desta loucura, quem nunca decidiu experimentar os desafios propostos das redes sociais. Um dos mais célebres é o da prancha, que propõe um aumento gradual do tempo de exercício, até que fique longos minutos na posição. No entanto, Tiago Silva, personal trainer e criador do grupo “No Limit Runners”, deixa um aviso: “É super perigoso”.

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O PT explica à 4MEN que, sendo um desafio dirigido a todos, “passa a informação que é tudo viável e fácil de alcançar, mas não se explica que é importante as pessoas terem um core minimamente fortalecido”. As assimetrias a nível de ombros e braços também têm de ser tidas em conta.

“Não podemos esquecer que o que nos apoia no chão são os antebraços e o exercício exige uma enorme solicitação de tríceps, ombros – na porção frontal – e dos bíceps para estabilizar”.

O atleta ressalva que não basta ter o core trabalhado. É também importante “ter força de ombros e braços”. Além disso, “os quadríceps também são fundamentais para dar estabilidade, assim como os isquiotibiais, os gémeos e os glúteos para sustentar o corpo”.

Executar um exercício que ultrapassa o seu nível de esforço ou de força muscular – que se torna evidente por, inevitavelmente, não aguentarmos o tempo desejado ou perdermos a forma antes do objetivo desejado – torna-se desaconselhável, “não apenas por falta de força abdominal, mas porque os braços e as pernas não aguentam – é sinal que não temos suporte para o realizar”.

Ficar “três ou cinco minutos seguidos” a executar uma prancha, explica o PT, pode ser perigoso. “É mais benéfico e produtivo fazer várias sequências de apenas 30 segundos, espalhadas pelo treino, alternando com outros exercícios”. E esses pequenos períodos são suficientes “para ativar a parede abdominal e lombar” sem ter de sobrecarregar outras áreas.

“Não precisamos de ter um bom core para realizar cinco ou mais minutos de prancha, mas sim uma boa condição física, de forma generalizada, que nos dê essa possibilidade ou capacidade”. E deixa um conselho valioso: “Prefira fazer oito pranchas de 30 segundos, espalhadas pelo seu treino – o que dará quatro minutos no total – do que uma de quatro minutos seguidos”.

Fonte:

4men.pt