
“Porque é que corres?” – a pergunta é simples, mas a resposta vive em cada passada, em cada gota de suor, em cada manhã em que saímos para a rua com o corpo cansado e o espírito faminto.
Há quem corra para fugir. Para fugir do stress, dos problemas, da rotina. Há quem corra para chegar. Para chegar a um lugar de paz, de clareza, de conquista. Corremos para limpar a cabeça, para encontrar respostas ou apenas para esquecer as perguntas.
Os primeiros passos vêm muitas vezes da curiosidade, da necessidade, ou até do desespero. Mas os que ficam, os que não param, os que transformam isto num modo de vida… esses encontraram algo maior. Correr torna-se ritual, terapia, desafio, fé.
Quem não corre pode não entender. Pode achar loucura levantar-se cedo, correr ao frio, treinar sem medalhas à vista. Mas quem corre sabe: não é só o corpo que se move — é a vida que avança. Somos mais fortes, mais focados, mais vivos depois de cada quilómetro.
Correr é mais do que exercício. É identidade. É linguagem sem palavras. É uma luta interna onde ganhamos sempre, mesmo quando perdemos o ritmo.
Não se corre por uma razão. Corremos por todas. E é por isso que continuamos.