
Começar a correr sem um objetivo é como zarpar sem bússola — tanto faz a direcção, tudo cansa e nada satisfaz. É por isso que quem calça os ténis com um “porquê” no coração corre mais longe, mais leve e com mais alma.
Não é só o corpo que vai à frente, é a cabeça que comanda. E é aí que a magia começa: quando o cérebro diz “vamos”, o resto obedece. Mas atenção: correr uma maratona ou apenas resistir a 30 minutos sem parar… tanto num como noutro caso, a mente é o motor que decide se desistes ou continuas.
A chave é simples: um passo de cada vez, mas sempre em frente
Uns falam de 5 km como se fosse um mundo. Outros encaram os 100 como se fosse domingo de manhã. Não interessa. Cada um tem a sua distância sagrada — aquela que assusta, desafia e faz crescer. Descobre qual é a tua. Agarra-a. Domina-a.
Não tens de correr 42 km para te sentires maratonista. Tens é de correr com propósito. Ponto. Pode ser 20 minutos por dia. Pode ser dar a volta ao quarteirão três vezes sem parar. O importante? Ter um alvo à frente e a vontade certa por dentro.
O corpo treina-se. A mente molda-se. A alma alimenta-se.
Objetivos concretos dão sentido ao sacrifício. Quando sabes ao que vais, a dor é só um obstáculo no caminho, nunca um sinal de paragem.
Quer um exemplo prático? Divide o treino. Corre 15 minutos para um lado. Vira. Volta. E faz disso um ritual — simples, eficaz, constante. Vai ajustando os percursos. Varia os terrenos. Leva música. Leva alguém. Mas acima de tudo, leva contigo a razão por que começaste.
Preparar a maratona é mais do que correr — é criar um plano de batalha
Queres mesmo levar isto a sério? Então nada de correr à toa. Usa o treino como laboratório. Faz sessões específicas: curvas, subidas, zonas confortáveis e zonas de aperto. Testa os teus limites, mas respeita os sinais do corpo. Não te mates no treino para falhares na prova.
Tens um parque? Usa-o. Uma pista? Melhor. Não tens nada? Tens a rua. E se tiveres motivação, já é meio caminho andado.
Na prova, gere como um estratega. Corre como um sonhador. Termina como um guerreiro.
A maratona — ou seja lá qual for a tua prova — divide-se em pedaços. Os primeiros quilómetros? Pés leves e cabeça fria. Os do meio? Ritmo firme, hidratação regrada, atenção ao corpo. Os finais? Aí, amigo, é a alma que carrega as pernas. Aí já nn se pensa. Sente-se. Respira-se. Sofre-se. Mas segue-se.
No fim, vais perceber: a linha de chegada não é o fim. É o início de uma nova versão tua. Mais forte. Mais resistente. Mais viva.
Conclusão?
Quem corre com objetivos corre com o coração alinhado com os passos. E quando isso acontece, tudo flui. Tudo encaixa. Tudo fica mais fácil.