Os milhares de corredores de estrada têm, sem dúvida, um apoio psicológico de valor inestimável: as esposas que os acompanham para todo o lado. São verdadeiras heroínas, embora muitas vezes discretas, e aqui apresentamos alguns exemplos dessas supermulheres.
O desporto tem o seu lado visível – medalhas, metas, treinos – e o seu lado “invisível”, que passa muitas vezes despercebido ao público. Essa face oculta, na verdade, está sempre por perto. Fica ali, na sombra, mas é fundamental. Envolve treino, dietas, recuperação e, claro, o incondicional apoio moral das famílias. Especialmente, o carinho das esposas, que se misturam na paixão dos maridos pela corrida.
Numa época em que tanto se discute sobre o papel das mulheres, crises económicas e afetos globais, há algo que permanece: as esposas estão lá, ao lado dos seus corredores, seja na linha da meta ou à espera no carro, prontas para mais uma missão de apoio.
Nas provas…
Há uma esposa, cujo marido corre há tantos anos que já perdi a conta! Ele faz parte da equipa “Vale do Silêncio”, um grupo de amigos ali para os lados de Vila Franca. Ela acompanha-o em quase todas as provas, e já fez parte de tantas chegadas e partidas que conhece a equipa como se fossem família. Até os filhos, que antigamente iam ver o pai correr, agora já correm com ele! Claro, com o passar do tempo, ele corre mais “por desporto” do que por competição – afinal, ninguém quer ficar com a ciática ao sprintar.
Convívio atrai…
Muitas esposas aproveitam para conviver enquanto esperam. Afinal, eles fazem amigos a correr, elas fazem amigos a… esperar. Duas grandes amigas, que nunca falham uma prova, seguem os maridos para onde quer que eles vão, aproveitando os fins de semana para respirar ar fresco, conversar e, acima de tudo, fugir à rotina. E claro, reforçar o apoio aos maridos, com um sorriso e um olhar que diz: “Eu bem te avisei que este percurso era mais duro do que pensavas.”
Solidariedade e apoio logístico
Agora, há também as esposas que não são propriamente fãs de corrida, mas que, ainda assim, não falham um apoio. Uma delas, por exemplo, é mais adepta da natação – um desporto que, segundo ela, não requer tanto suor. Mesmo assim, lá está ela em todas as provas, a fornecer apoio logístico, emocional e, quando é preciso, uma garrafa de água e um incentivo.
Esposa acha graça…
Há uma senhora de 61 anos que segue o marido corredor desde a década de 90. Ela até acha graça à dedicação dele, que corre religiosamente duas vezes por semana e ainda faz ginástica! Embora prefira muitas vezes ficar no sofá a ver as novelas, não falha uma chegada, sempre pronta com o agasalho do marido. Há uns tempos, ela confessou que, como é a motorista oficial das viagens de corrida, já teve o azar de bater num poste. “O homem estava cansado, eu lá tive de pegar no volante… e pronto, lá foi o poste! Mas ele nem reparou, estava tão feliz com o tempo da prova!”
ir.
