Fátima tem 58 anos, mas a energia de quem acabou de descobrir o mundo. Corre como quem ama a vida, e vive como quem sabe que o tempo não se mede em anos, mede-se em passos.
Começou a correr quando percebeu que a rotina lhe estava a roubar o brilho. Os primeiros dias foram duros, as pernas pesadas, o coração aos saltos — mas havia algo maior a empurrá-la: a vontade de se sentir viva.
E sentiu.
A corrida transformou-se no seu refúgio, na sua terapia, no seu lugar de paz. Trocar o sofá pelos trilhos foi o melhor capítulo da sua vida. No trail, descobriu a magia da montanha, o cheiro da terra molhada, a beleza de chegar suja, cansada, mas feliz.
Fátima é prova de que idade é apenas um número. O corpo pode ter 59, mas a alma dela tem 25 e uns ténis prontos para a próxima subida. É uma mulher bonita, forte, com aquele sorriso de quem desafia o tempo e o vento.
Corre para libertar a mente, para aliviar o stress, para cuidar de si. E cada quilómetro é uma vitória silenciosa.
Quando lhe perguntam o segredo, ela ri e responde:
“Correr é tão bom que nem parece que é de graça.”
Antes era sedentária e sentia-se apagada. Agora? Continua linda, autêntica, e com uma energia que contagia.
Nunca subestimes uma mulher.
Ainda mais se ela for uma corredora.





