A preparação continua em plena ordem do dia. Aqui e além, com muitos ou poucos meios, há quem procure encontrar outras vias que permitam a conquista de novos passos quanto à condição física humana. Longe vai o tempo em que se pensava que tudo já estava inventado e nada mais haveria para descobrir quanto aos métodos de treino.
Sabe-se, desde há uns 30 anos, que o corpo humano possui processos de recuperação mais rápidos quando é colocado em posição invertida, atendendo a que a circulação sanguínea se processa de forma diferente e, portanto, com trocas metabólicas mais diversificadas.
Aliás, já os gregos aproveitavam a inversão do corpo para aliviar certas dores, mas, de certa forma, deve-se ao Dr. Manatt Martin a invenção do “Gravity Guiding System” e foi ele que estudou e concebeu a confecção de aparelhos específicos para que qualquer cidadão pudesse usufruir dos benefícios dessa técnica dentro dos melhores parâmetros de segurança.
O princípio geral está directamente relacionado com a força de gravidade exercida sobre o corpo, geralmente da cabeça para os pés, mas que, mediante este sistema, sofre efeito contrário, isto é, dos pés para a cabeça, o que permite o alívio de certas zonas sob constante pressão, tais como os discos intervertebrais e todas as chamadas ligações ósseas.
A “terapia da inversão” pode constituir, portanto, uma boa opção para os desportistas que estejam familiarizados com esta técnica, podendo, inclusivamente, ser utilizada por indivíduos não desportistas e que procurem uma oportunidade para relaxação e descontracção geral no fim de um dia de trabalho.
No caso particular dos corredores, sobretudo no que diz respeito aos membros inferiores, a tensão muscular que se verifica após um treino prolongado fica com tempos de recuperação muito pequenos se for aplicada a “terapia da inversão” e isto considerando que o atleta começará por seguir estes esquemas de descontracção em períodos de cinco minutos, aumentando-os gradualmente até aos 15 e só quando estiver já na posse de um controlo perfeito sobre o seu corpo em posição invertida.
O aparelho típico consta de uma espécie de botas de metal providas de ganchos, as quais são calçadas pelo desportista, colocando-se este de cabeça para baixo, mas com os pés fixos numa barra.
O preço destes aparelhos, no mercado especializado, oscila entre 100 e 5.000 dólares, embora toda a sua concepção vise principalmente o desenrolar do exercício dentro da maior segurança para permitir ao atleta toda uma perfeita descontracção. Como é fácil de compreender, podemos arranjar diversas formas de ficar em posição invertida, mas, se o equilíbrio for instável, é impossível verificar-se a relaxação desejada.
É conveniente que os interessados em tentar uma experiência nesta “terapia da inversão” tomem algumas precauções para que possam garantir uma boa segurança. Por outro lado, os médicos não aconselham tal tipo de exercícios a indivíduos hipertensos ou que tenham uma tensão demasiado baixa. Bom será, igualmente, que tudo decorra na companhia de um colega, que deverá estar pronto a intervir se tal for necessário.
Por último, importa salientar que o objectivo é o de se obter uma boa relaxação e, para que isso aconteça, há que escolher um lugar calmo e de preferência com música suave.





