Seja leve ou mais grave, a lesão representa sempre um obstáculo físico e psicológico. A grande questão é: como reagir quando isso acontece?
Aceitar que as lesões existem
O primeiro passo é reconhecer que fazem parte da vida desportiva. Ignorá-las ou tentar continuar a treinar como se nada fosse é um erro que pode transformar um problema simples numa complicação séria.
É fundamental aceitar a pausa e compreender que parar hoje pode significar continuar a correr amanhã.
Procurar diagnóstico
Quando surge dor persistente ou desconforto fora do normal, procurar um profissional de saúde é indispensável. Um diagnóstico precoce evita complicações e orienta o tratamento mais adequado.
Automedicar-se ou seguir apenas conselhos “caseiros” sem avaliação clínica pode agravar ainda mais a situação.
Ajustar treinos
Dependendo do tipo de lesão, muitas vezes é possível manter alguma atividade física, mas com adaptações:
Reduzir a intensidade ou o volume.
Substituir corrida por treinos cruzados (bicicleta, natação, elíptica).
Realizar exercícios de fortalecimento muscular específicos.
O essencial não é parar tudo, mas sim ajustar a rotina com inteligência.
A importância do repouso
Repousar não é perder tempo, é ganhar futuro. O corpo precisa desse intervalo para regenerar tecidos e fortalecer estruturas. Muitas vezes, o repouso aliado à fisioterapia e a exercícios de reabilitação é a chave para voltar mais forte.
Manter a motivação
Uma lesão pode abalar a confiança, mas há formas de manter a chama acesa:
Definir novos objetivos de curto prazo (como recuperar mobilidade ou fortalecer uma zona fraca).
Continuar ligado à comunidade da corrida, mesmo que apenas como espetador.
Ler, estudar e aprender mais sobre treino e prevenção de lesões.
Prevenir é sempre melhor
Mais importante do que tratar é evitar:
Usar calçado adequado ao tipo de pé e passada.
Respeitar progressões graduais de volume e intensidade.
Incluir treinos de força, flexibilidade e mobilidade.
Dar ao corpo o descanso e recuperação que precisa.
Conclusão
Perante uma lesão, o corredor precisa de inteligência, disciplina e paciência. O tempo de paragem pode transformar-se numa oportunidade de fortalecer o corpo e conhecer melhor os próprios limites.
Mais vale parar uma semana do que ficar afastado durante meses. Ouvir o corpo e reagir da forma certa faz parte da vida de quem corre.





