O metabolismo é responsável pelos nossos ganhos físicos. Na verdade, não é o único, pois a sua função é a de garantir o fornecimento de energia vital para a manutenção, mas a verdade é que é afectado por aquilo que comemos. Uma maior consciência naquilo que comemos permite-nos, pelo menos, controlar a quantidade, e, especialmente, o poder.
Mas é a actividade física que nos pode ajudar: quanto mais você faz, mais consome e mais convence o seu corpo que precisa se alimentar. E é neste ponto que é fundamental controlar o poder: vamos dar apenas o que o corpo precisa.Porque o corpo humano se receber muito menos tem a percepção de que vai ser sempre assim e de que não precisa de transformar e perder 100% do que recebe. Recebe, transforma, consome e acumula. Mas se o que nós damos é reduzido (que é controlado, na verdade), o corpo vai estar inclinado a pensar que irá receber cada vez menos e que o que recebe é totalmente transformado em energia.
Queimá-lo, na verdade. O acumular. Mas vai acumular cada vez menos. É uma acção conjunta: consumir de forma controlada e queimar tudo. E a memória é tão poderosa que, quando lhe damos de comer vai queimar de forma mais eficiente. A memória do corpo.
A memória é, tal como o cérebro, uma função que é expressa na experiência: assim como o metabolismo lembra e funciona na base do que temos no nosso corpo, o sistema muscular transmite informações para o cérebro que afectam a nossa forma física e como mantê-la. O corpo adapta-se, prevenindo condições futuras. Ele está constantemente em estado de emergência pois devem ser tomadas as operações necessárias para manter as funções vitais do nosso corpo. Os órgãos devem funcionar, o coração precisa bombear, as energias nunca devem faltar. É uma memória de curto prazo: se comer muito, vai ganhar peso porque o corpo pensa que estamos a preparar-nos para um futuro (alimentos) incerto.
Coma pouco, que é o correcto, e o corpo irá queimar mais eficientemente. Se a isto associar a actividade física, os músculos vão informar o metabolismo que precisamos de mais energia. Ele vai produzir mais e melhor, transformando as calorias dos alimentos em energia de forma mais eficiente.
Comer para perder peso
O metabolismo, como um complexo de transformação de alimentos em energia, queima energia. É também verdade que nem todos os alimentos requerem a mesma energia (representada pela TID – ou termogénese induzida pela dieta, ou seja, uma transformação que aumenta a temperatura do corpo) a serem processados: 100 kcal de proteína, por exemplo, exige 30 kcal para ser digerida. Hidratos de carbono é inferior (cerca de 10-15 por 100 kcal) e é um motivo, mas não o único, para que com as mesmas kcal, o “acumulado” com a ingestão seja distinto.
Comer pouco e algumas vezes por dia significa que a maioria das calorias será mantida: o corpo não se pode «dar ao luxo» de perder nada.
Assim, “dieta” não se priva de nada. Pelo contrário: muitas vezes significa muito melhor articular sua dieta:
– comer muitas vezes e em momentos apropriados (lanches entre as refeições e outros): negligenciando uma refeição, até mesmo uma mini-refeição, ou adiar, para a memória metabólica do que discutimos, significa induzir os nossos corpos a manter tanto quanto possível;
– variar a dieta, comendo todo o tipo de macronutrientes (hidratos de carbono, lípidos, proteínas) e micronutrientes (vitaminas, minerais): hidratos de carbono não são mal processados, fornecer a glicose é o combustível que permite e sustenta muitos processos celulares e fornece ao corpo o combustível para se sustentar.
– Uso é bom, o abuso é mau. O abuso sempre leva a comportamentos prejudiciais à saúde, para sempre. É um abuso de privação: o corpo, especialmente se você praticar actividades desportivas, necessita de nutrientes. Equilíbrio é a solução, não privar.
– Somos animais simples no fundo: Eu fiz um esforço e eu mereço um açúcar. Será o açúcar mais delicioso que já comi. Mas, por todas as razões atrás indicadas, o abuso tem de ser controlado.
Antes de começar a mudar sua dieta consulte um nutricionista.
