O nervo ciático: quando dói, ninguém fica indiferente

Ele liga os nossos pés à região lombar e, quando é afetado, pode causar um desconforto intenso e até incapacidade de andar.
Embora não exista uma causa única, vários fatores podem contribuir para os problemas no nervo ciático, geralmente acompanhados de dores nas costas, glúteos e/ou pernas.

O nervo ciático é responsável pela sensibilidade e movimento dos membros inferiores. Clinicamente, é possível identificar qual parte do nervo está comprometida através dos sintomas relatados pelo paciente. Alguns sentem mais dor na perna, outros no pé, na coxa, nos glúteos ou apenas na lombar. Tudo depende do segmento do nervo afetado.

O caso mais comum ocorre quando o disco intervertebral se desloca ligeiramente para trás e comprime o nervo, provocando dor irradiada. O prognóstico é mais reservado quando a dor persiste por mais de 12 semanas, o que significa uma recuperação lenta e exigente.

A principal causa de problemas no ciático é a má postura mantida por longos períodos. No entanto, também é possível desenvolver ciatalgia sem alterações diretas na coluna — embora seja mais raro. Entre as causas menos comuns estão traumas, diabetes (que pode degenerar o nervo), tumores ósseos ou próximos ao nervo, síndromes compartimentais no joelho e até a famosa “síndrome da carteira” — causada por sentar com a carteira no bolso de trás, comprimindo o nervo.

É um erro pensar que o problema ciático afeta apenas pessoas mais velhas. Cada vez mais jovens sofrem ou já sofreram com dores no nervo ciático.

Quando a dor surge, é essencial consultar um profissional qualificado, pois os sintomas podem confundir-se com outras patologias. É comum ver tratamentos inadequados, com massagens e exercícios aplicados diretamente sobre a dor, sem avaliar a origem na coluna.

Os sintomas da ciatalgia incluem dormência, formigueiro e um desconforto que pode variar de intermitente a agudo. A dor mais forte aparece quando há compressão da raiz nervosa e pode manifestar-se apenas durante o movimento — ou mesmo em repouso.
Problemas circulatórios podem gerar confusão com a ciatalgia, mas há uma diferença importante: quando há inchaço associado à dor, normalmente trata-se de uma questão circulatória.

Através de testes e manobras específicas, o fisioterapeuta consegue identificar o ponto exato da lesão. O tratamento pode envolver tração, osteopatia, pilates ou fisioterapia convencional — sempre sob orientação de um profissional.