Este tipo de lesão é bastante comum, especialmente em esportes de contato, embora possa ocorrer em qualquer idade. Também conhecida como ruptura da cartilagem, a lesão dos meniscos envolve dois componentes, um interno e um externo, que funcionam como amortecedores de choque. A estrutura dos meniscos é rígida e semelhante à borracha, ajudando a manter o joelho estável.
Os meniscos podem se romper de várias maneiras, e frequentemente essas lesões estão associadas a danos nos ligamentos cruzados ou outros.
Fatores de risco para lesões dos meniscos:
As lesões dos meniscos geralmente resultam de uma torção, mudança súbita de direção, desaceleração ou podem ser causadas por um impacto súbito. Durante a prática de um esporte, o contato direto entre duas pessoas é comum. A idade é um fator de risco devido às alterações degenerativas da cartilagem, que a enfraquecem e tornam mais fina, de modo que uma torção leve ao se levantar de uma cadeira pode ser suficiente para causar uma ruptura.
Sintomas das lesões dos meniscos:
No momento da ruptura, pode ocorrer um ruído. A maioria das pessoas consegue caminhar mesmo com a ruptura, e muitos atletas continuam a praticar esporte. Após 2 a 3 dias, o joelho pode se tornar menos móvel e inchado. Os sintomas mais comuns incluem dor, rigidez, inchaço, sensação de perda de controle do joelho e redução da amplitude de movimento.
Sem tratamento, um fragmento do menisco pode se soltar e bloquear a articulação do joelho.
Diagnóstico das lesões dos meniscos:
A história clínica é crucial. O exame físico geralmente mostra que a palpação da articulação e do menisco é dolorosa. O teste de McMurray, que envolve compressão e rotação da tíbia em relação ao fêmur, é útil para detectar ou ouvir um estalo na linha articular. A radiografia não mostra o menisco mas ajuda a excluir outras causas de dor no joelho, como a osteoartrite. A ressonância magnética é mais eficaz para caracterizar e classificar as lesões dos meniscos.
Tratamento das lesões dos meniscos:
As opções incluem tratamento não cirúrgico, remoção parcial ou reparo do menisco. Recentemente, o transplante meniscal tornou-se uma opção em alguns centros médicos. O tratamento não cirúrgico é indicado para lesões estáveis, lesões de espessura parcial, lesões degenerativas assintomáticas ou lesões cujos sintomas são toleráveis.
O tratamento cirúrgico é necessário quando os sintomas persistem após tratamento conservador, ou há persistência de dor ou bloqueio articular. O tratamento conservador envolve reduzir ou limitar as atividades esportivas, usar analgésicos e anti-inflamatórios e fisioterapia.
Quando a lesão é pequena e ocorre na porção externa do menisco, pode não ser necessária cirurgia. O protocolo RICE (Repouso, Gelo, Compressão, Elevação) é útil nestes casos. Os anti-inflamatórios ajudam a combater a dor e a inflamação.
Prevenção das lesões dos meniscos
Muitos casos de lesões do menisco não podem ser prevenidos, mas uma técnica de treino adequada reduz significativamente a probabilidade de ocorrência destas lesões.
Fonte: http://www.desportocuf.pt/
